Servidores indignados com ameaça do governo Ricardo Coutinho atrasar salário

 Servidores estaduais reagiram com indignação à ameaça do Governo do Estado de atrasar salário caso não reverta decisão do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) que estendeu a Bolsa Desempenho da Polícia Militar aos inativos da corporação.

 

A reação pode ser vista nos comentários que diversos funcionários fizeram à matéria publicada ontem por este blog, trazendo declarações do procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, sobre as consequências da decisão do TJPB que, segundo ele, o governo não tem condições financeiras de implantar.

Entre os servidores que se manifestaram, alguns acreditam que a suposta economia com a não implantação do benefício para os reformados da PM é pretexto, desculpa ou meio de a atual gestão fazer caixa para a campanha eleitoral do próximo ano.

“Essa conversa de que vai faltar dinheiro para outros gastos é manobra para sobrar dinheiro para a próxima eleição. O Estado tem sim condições de igualar os vencimentos dos PMs inativos com os ativos. Isso sempre aconteceu e sempre os reformados ganhavam mais do que os da ativa, mesmo quando o efetivo da PM era maior do que o de agora. Basta boa vontade e respeito a quem deu o sangue pela sociedade paraibana”, escreveu João Pedro.

Por sua vez, Geraldo Ramos acredita que se o atraso no pagamento de salários vier a se concretizar será por pouco tempo. “Afinal, ano que vem haverá eleição e já está mais do que na hora de a população se conscientizar da necessidade de destronar governos ditadores, enganadores e mentirosos”, observou.

Na mesma linha de raciocínio e expectativas, Josafá adverte: “O governador pensa que os reformados não têm valor pra nada mais, depois que votaram nele, mas esquece que a política vem aí e ele que me aguarde”. Monteiro, outro servidor, acrescenta: “2018 vem logo ali!”.

“Terrorismo judicial”

Outros funcionários do Estado entendem que a ameaça de atrasar salário nada mais é que mais uma forma de o governo intimidar o Poder Judiciário estadual, que não teria força para fazer com que o governador cumpra as decisões de juízes e desembargadores.

“A Justiça perdeu a força, não tem poder para mandar o governador cumprir a lei”, critica Inaldo, concordando com Ricardo, para quem “ele (o governador) faz isso para desmoralizar o Judiciário, para mostrar quem manda”, lembrando que os PMs paraibanos recebem o pior salário do país e foram enganados na campanha de reeleição de Ricardo Coutinho, que prometeu pagar ‘risco de vida’ e Bolsa Desempenho aos inativos da corporação.

Por essas e outras, Vamberto entende que a atitude do governo é uma “uma falta de respeito às decisões da Justiça” e garante que “os espíritos do mal estão mesmo na Paraíba, neste momento”, enquanto José acusa o “procurador particular de Ricardo Coutinho” (refere-se a Gilberto Carneiro) de praticar o que chama de “terrorismo judicial”, pois só saberia “recorrer, apelar, procrastinar, descumprir ordem judicial, revogar veredito de causa transitada e julgada e burlar a Constituição com codificados e terceirizados em setores essenciais do serviço público”.

Por fim, vem Ronaldo e recomenda ao governo parar de gastar com propaganda, cortar salários de aspones bajuladores, abastecer veículos oficiais com etanol e colocar energia solar fotovoltaica nas repartições públicas estaduais. Com isso, sobraria dinheiro para pagar direitos conquistados pelo funcionalismo público e cumprir promessas de campanha.

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Da Redação com Roberto Noticia  e Rubens Nóbrega