Augusto Aras ‘manifesta desconforto’ por seu nome ter sido lembrado para o STF

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 30/05/2020 16:00

 O procurador geral da República, Augusto Aras, não esconde que ficou desconfortável ao ter seu nome citado, essa semana, pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota, publicada na noite de sexta-feira (29), Aras, além de manifestar seu desconforto, disse que se sentia realizado em fazer parte da Procuradoria. “O procurador geral da República, Augusto Aras, manifesta seu desconforto com a veiculação reiterada de seu nome para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Conquanto seja uma honra ser membro dessa excelsa Corte, o PGR sente-se realizado em ter atingido o ápice de sua instituição, que também exerce importante posição na estrutura do Estado”, diz nota publicada no site da PGR.

Na quarta-feira (27), o presidente Bolsonaro disse, com todas as letras, que poderia indicar o procurador geral para ocupar uma cadeira no STF.

Bolsonaro chegou a classificar a atuação do PGR como “excepcional” e comentou que “o nome de Aras entra fortemente” eu uma eventual terceira vaga que possa surgir até 2022 na Corte Superior. Nesse ano, os ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello deixarão o Supremo.

As declarações do presidente geraram repercussão negativa e por isso ele resolveu voltar atrás e escreveu nas suas redes sociais que cogitava indicar o procurador geral para uma dessas duas vagas.

“Aras reitera que seu compromisso é com a atuação na chefia do Ministério Público Federal”, complementa o texto.

Pressão

O procurador vem sendo alvo de críticas internas no MPF por tomar medidas consideradas “pró-governo”, como o pedido, feito na quarta-feira, para o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender o inquérito das fake news, que atinge políticos, empresários e blogueiros ligados ao presidente Bolsonaro.

Por outro lado, os acenos de Bolsonaro a Aras fizeram aumentar o ritmo de adesões ao manifesto dos procuradores da República, lançado no último dia 27 pela ANPR, pedindo independência do Ministério Público Federal (MPF).

 


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