Juíza determina o afastamento de cinco dirigentes do Botafogo e do Campinense por corrupção

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 11/09/2018 21:17

 A juíza da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, Andréa Galdino, acatou nesta terça-feira (11) denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e tornou réus os presidentes do Botafogo-PB, Zezinho Botafogo, e do Campinense, William Simões, além dos dirigentes botafoguenses Breno Morais, Guilherme Novinho, Francisco Sales e Alexandre Cavalcanti, acusados de integrarem Organização Criminosa que manipulava resultados de jogos no futebol da Paraíba, esquema investigado na Operação Cartola. 

Confira a decisão na íntegra clicando AQUI

 

 

A magistrada também determinou que os dirigentes sejam afastados dos seus cargos nos clubes. Também viraram réus o ex-presidente da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol da Paraíba (Ceaf-PB), José Renato, e o árbitro auxiliar do quadro da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Tarcísio José.

De acordo com a denúncia do MPPB, Zezinho Botafogo e William Simões atuaram diretamente para fraudar sorteios de arbitragem e manipular jogos do Campeonato Paraibano deste ano.

A Operação Cartola foi deflagrada pela Polícia Civil no dia 9 de abril. Botafogo-PB e Campinense foram os finalistas do torneio e dirigentes dos dois clubes são investigados por supostamente terem tentado corromper o árbitro do primeiro jogo da final da competição, o alagoano Francisco Carlos do Nascimento.

O dirigente do Belo também é acusado de, ao lado do vice-presidente do clube, Guilherme Novinho, do vice-presidente Jurídico, Alexandre Cavalcanti, e do diretor executivo de futebol, Francisco Sales, ter articulado a produção de um Boletim de Ocorrência falso, para beneficiar o Botafogo-PB. Eles também foram denunciados por falsidade ideológica.

Segundo a juíza Andréa Galdino, “há fortes indícios da prática dos fatos narrados da denúncia, com a participação direta dos denunciados, dirigentes e funcionários da agremiação, cuja manutenção destes na função que ora exercem representam manifesto risco, não só ao clube, mas ao futebol da Paraíba…”.

Os réus também terão que cumprir algumas medidas cautelares, como comparecer ao cartório judicial da vara uma vez por mês, não podem sair do estado sem autorização judicial e têm a obrigação de ficarem recolhidos em suas residências todos os dias das 21h às 5h - salvo em casos de trabalharem comprovadamente neste período do dia. Além disso, a Justiça determinou que eles estão proibidos de ter acesso a entidades e eventos desportivos, de entrarem em contato com testemunhas e investigados nesse caso, além de terem que entregar à Justiça seus passaportes.

Tarcíso José, Breno Morais e José Renato, réus de outra denúncia do MPPB sobre o caso, já cumprem essas mesmas medidas cautelares. 



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