‘A Paraíba não precisa se ajoelhar’, afirma Ricardo relativo a Bolsonaro

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 11/12/2018 15:30

 O governador Ricardo Coutinho (PSB), em entrevista a Rádio CBN João Pessoa, na manhã desta terça-feira (11), expôs a sua preocupação com o novo cenário da política nacional à partir de janeiro de 2019 e o futuro do governador eleito, João Azevêdo (PSB), diante dessa nova perspectiva. Ele citou que é hora do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) “sair do palanque, deixar as frases de efeito de lado e tratar com os problemas” do país, se preocupando mais com os problemas do Brasil e menos com política externa. 

 

Questionado qual o posicionamento que o Estado deve adotar diante do governo Federal, o socialista disse que a Paraíba “não precisa se ajoelhar” diante da situação.

 

 

“O que eu acho é que ninguém precisa andar de pires na mão, nem se ajoelhar [Paraíba] a uma entidade que não seja superior a si próprio. É preciso compreender que política se faz impondo respeito também, qualquer que seja a circunstância, aliado ou adversário e que os governos um vai precisar do outro; o Federal vai precisar dos estados e os estados do governo Federal”, afirmou o governador.

 

Relativo a como a Paraíba deve enfrentar essas questões, Ricardo citou que prefere “crê” que o Estado não venha a ser discriminado por conta de políticas partidárias.

“Não creio que o novo governo possa continuar discriminando a Paraíba em relação a investimentos, capacidade de financiamento, ele não vai poder abrir para uns e para Paraíba não. Não tem como, porque estamos ali, equilibrados, com capacidade de pagamentos, hoje devemos menos do que devíamos antes de assumir e olhe que contraímos 1 bilhão em empréstimos. A relação receita e pagamentos da dívida andam bem”, disse o governador.

 

Na oportunidade, o governador da Paraíba citou ainda que tem visto com muita preocupação a escalada de violência e a intolerância relativo aos crimes por orientação sexual. Segundo o socialista, as pessoas tem se preocupado menos e deixado de se importar. 

“Eu não vejo o Brasil caminhando bem nisso, o que eu vejo é um retrocesso muito grande, um fundamentalismo sem qualquer limite”, disse o governador.

Ricardo ainda se mostrou incomodado quanto as questões de governabilidade, já que o atual presidente adota um discurso de intolerância e pouco dialogo.

“O que eu vejo é um governo brigando com as próprias pastas. Vi, por exemplo, uma entrevista da ministra do Meio Ambiente e achei que fosse alguém que estivesse em conflito com o Meio Ambiente. Vejo isso com muita preocupação, porque você precisa ter governabilidade, ninguém vai governar no grito, no arroubo, você tem que ter governabilidade e um caminho a seguir; sem essas duas coisas eu temo muito pelo futuro”, concluiu o socialista.

Da Redação / Portal WSCOM



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