Na Paraíba, Ciro Gomes reafirma Lígia como pré-candidata e diz que quer apoio do PT

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 16/06/2018 17:12

 Em visita a Paraíba, o pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) reafirmou a pré-candidatura da vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) ao Governo do Estado. Na coletiva de imprensa, na manhã deste sábado, o presidenciável ainda tratou sobre a pré-candidatura de Lula e alfinetou Bolsonaro – a quem chegou a classificar como “maluco” e “fascista”. No evento estavam presentes também o presidente nacional da PDT, Carlos Lupi, e o deputado federal Damião Feliciano (PDT), além de lideranças políticas.

Sobre a postulação de Lígia Feliciano, Ciro Gomes chegou a sugerir que nacionalmente seria um gesto do PSB em apoiar o projeto pedetista no estado. Ele explicou que o PDT já apoia os socialistas no Pernambuco e em Minas Gerais, e já se dispôs a dialogar no Distrito Federal e Espírito Santo.

“O PSB, do governador Ricardo Coutinho, é o objeto da nossa grande vontade de fazer uma aliança. Porque é um partido irmão, tem história e está no campo daquilo que defendemos. Mas o PSB convidou o ex-ministro Joaquim Barbosa para ser candidato, e o PDT já tinha me lançado; isso criou uma delicadeza e nos estados isso vai se desenhando. Naturalmente, o PSB há de compreender que o PDT também tem quadros e merecimento para participar”, disse Ciro.

Ele também julgou como legítima a pré-candidatura de Lígia, por se tratar de um nome que está dentro do projeto atual e conhece o estado. “Temos por ela todo o entusiasmo”, pontuou. Questionado se os acordos em âmbito nacional entre PDT e PSB fariam a sigla pedetista sacrificar a pré-candidatura de Lígia na Paraíba, Ciro foi direto: “Não sacrificamos companheiros”.

Ciro quer apoio dos petistas

Após algumas declarações “atravessadas” com relação ao PT, na Paraíba o pedetista apazigou os ares no campo da esquerda. Ciro, que classificou como “muito delicada” o momento atual da relação com o PT, garantiu que espera contar com o apoio dos petistas.

“Sinto uma necessidade muito grande de ir para cima, para não deixar o Brasil legitimar pelo voto popular, por irresponsabilidade, por divisão, por ambição menor, essa agenda anti-nacional, anti-povo e anti-pobre que estamos vendo. Vou lutar, e adoraria contar com todos os brasileiros, inclusive com os petistas. Mas respeito, com toda humildade, que o PT tem sua própria estratégia”, afirmou.

Ainda tratando acerca do PT, o presidenciável deixou no ar que seria a oportunidade para um gesto da sigla em seu favor. De acordo com Ciro, durante 16 anos que Lula precisou, ele o ajudou, em todos os momentos, “dos bons aos mais críticos”. “Só que agora, o PDT me lança como candidato à presidência e o PT está com sua principal liderança presa. Mas o cálculo deles eu respeito”, destacou – deixando a sugestão de apoio à sua candidatura no ar.

Especificamente sobre Lula – a quem chamou de maior liderança popular do Brasil – ele fez um prognóstico eleitoral negativo. “Tenho convicção, e isso me dói muito, de que eles não vão deixar o Lula ser candidato. E isso aumenta muito minha responsabilidade. Se vocês olharem, sou o único candidato do campo progressista”, pontuou.
“Não sou maluco feito Bolsonaro”
Taxado como “linguarudo” e “fala demais”, Ciro reconheceu que fala demais, porém, porque fala verdades que muitos não tem coragem de publicizar, segundo ele. No momento que descorria acerca de gestão interpoderes, ele comentou sobre o pré-candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro.

“Eu não sou um maluco feito o Bolsonaro. Que está deixando a população acreditar que com três ou quatro frases feitas, estigmatizado com preconceitos contra as mulheres, os negros, introduzindo o ódio e a violência na política, amanhã sozinho vai chegar em Brasília e vai, simplesmente, afundar o Brasil. Eu conheço como funciona.

Ciro reafirmou que Bolsonaro não chega ao segundo turno e disse que ele representa o fascismo no país. Bradando, o pedetista declarou: “Fascistas não passarão”.

Com informações do Blog do Gordinho



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