Governadores que quiserem recursos terão que ajudar a aprovar reforma da Previdência, diz ministro

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 26/12/2017 21:39

 O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta terça-feira (26) que, em busca de votos para aprovar a reforma da Previdência, o Palácio do Planalto espera “reciprocidade” de governadores interessados em liberar recursos federais e financiamentos junto aos bancos públicos.

Novo articulador político do Planalto, Marun defendeu em entrevista a jornalistas o uso dos financiamentos da Caixa, Banco do Brasil e BNDES entre as moedas na negociação da reforma. O ministro espera que os governadores ajudem a buscar votos de deputados dentro das bancadas de seus estados.

“O governo espera que aqueles governadores que têm recursos a serem liberados, financiamentos a serem liberados, o governo espera desses governadores, como de resto de todos os agentes públicos, uma reciprocidade no que tange a questão da Previdência”, disse o ministro.

Marun tratou do assunto após ser questionado sobre nota publicada no jornal "O Estado de S. Paulo" na qual o governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), relatou que o governo federal pretende liberar empréstimos junto à Caixa depois da votação da reforma.

Segundo Marun, os financiamentos da Caixa, Banco do Brasil e BNDES são “ações de governo” e podem entrar na discussão sobre o apoio ao projeto.

“Nesse sentido, entendemos que deve, sim, ser discutido com esses governantes alguma reciprocidade no sentido de que seja aprovada a reforma da Previdência”, declarou.

“Estamos conversando com governadores que têm financiamentos para serem liberadores, para que nos ajudem a aprovar essa reforma”, completou.

Marun discutiu nesta terça com o presidente Michel Temer a estratégia de convencimento dos deputados que será executada em janeiro. Ao presidente, o ministro relatou ter "certeza" da aprovação da reforma em fevereiro. De acordo com o ministro, a estratégia governista será discutida em mais uma reunião na quarta (27) com Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A reforma da Previdência é o principal projeto do governo que aguarda votação no Congresso Nacional. Ainda sem a garantia de aprovação das mudanças nas aposentadorias, o Planalto acertou com Maia, que a análise da reforma no plenário da Casa será feita em 19 de fevereiro.

Por se tratar de emenda à Constituição, a reforma exige os votos de 308 dos 513 deputados. Após passar por duas votações na Câmara, a proposta ainda precisa passar pelo Senado.

G1



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