NO MPF - Flávio Bolsonaro não comparece à acareação com Paulo Marinho

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 22/09/2020 01:03
Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Internet

 O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) não compareceu à acareação marcada para esta segunda-feira (21), com o empresário Paulo Marinho, no Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro.

Suplente de Flávio no Senado e agora seu adversário, Marinho acusa o filho do presidente Jair Bolsonaro de ter recebido informações vazadas sobre a Operação Furna da Onça durante a eleição de 2018.

O MPF convocou os dois para ficarem frente a frente. Eles deram versões diferentes sobre o episódio. A acareação é um confronto de alegações. A defesa de Flávio informou que ele esteve hoje cumprindo agendas no Amazonas e não compareceu ao MPF porque, como senador, tem prerrogativa para escolher a data e o local do encontro. A defesa quer que seja no dia 5 de outubro, em Brasília.

Marinho foi ao MPF e, ao chegar, provocou o senador. “Alguém mentiu, né? E não fui eu”, disse.

Apesar de não ter sido alvo da Furna, que mirou deputados ligados ao ex-governador Sérgio Cabral (MDB), foi no âmbito dela que surgiu o relatório de inteligência financeira que identificou movimentações atípicas nas contas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio. A partir dali, as suspeitas foram encaminhadas para o Ministério Público do Rio, que o investiga desde então e está prestes a denunciá-lo.

Comunicado da defesa de Flávio

A defesa do Senador Bolsonaro esclarece que a sua ausência no ato de hoje se deveu a compromissos da sua agenda oficial, que o fizeram estar no Amazonas nesta data. Essa possibilidade foi levantada há cerca de um mês, por escrito, diretamente ao MPF, que não quis alterar a data apesar de expressa disposição legal. Hoje a defesa ingressou com nova petição, sugerindo a data de 05/10/2020 para a realização do ato. Quanto à tese de crime de desobediência insinuada pela Procuradoria, é lamentável sob vários aspectos. Nem o Procurador da República poderia dar ordem ao Senador e nem essa “ordem” seria legal, pelo que constituiria uma impropriedade técnica com poucos precedentes na história do Judiciário Fluminense.

MPF

O procurador Eduardo Benones está analisando o documento enviado hoje ao MPF, que justifica o não comparecimento do senador, e irá avaliar quais serão as medidas cabíveis no caso.

Redação


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