Pioneira do telejornalismo, Edilane despede-se da bancada do JPB

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 09/03/2019 11:39
A apresentadora da TV Cabo Branco Edilane Carvalho Araújo despede-se, segunda-feira, da bancada do JPB Segunda Edição, por ela apresentado há trinta anos, devendo passar o bastão a Larissa Pereira, da nova geração
A apresentadora da TV Cabo Branco Edilane Carvalho Araújo despede-se, segunda-feira, da bancada do JPB Segunda Edição, por ela apresentado há trinta anos, devendo passar o bastão a Larissa Pereira, da nova geração

 A apresentadora da TV Cabo Branco Edilane Carvalho Araújo despede-se, segunda-feira, da bancada do JPB Segunda Edição, por ela apresentado há trinta anos, devendo passar o bastão a Larissa Pereira, da nova geração, que já atuou na afiliada da Globo como repórter e havia se transferido para Recife, integrando os quadros da Rede Globo Nordeste, trabalhando em parceria com ícones como Francisco José, Beatriz Castro e Karla Almeida, esta, também, remanescente da TV paraibana. Edilane, que é natural de João Pessoa, onde nasceu em outubro de 1964, considera a etapa de desligamento da apresentação do telejornal como um rito de passagem inevitável e se confessa extremamente gratificada com o aprendizado alcançado durante todo esse período, bem como sensibilizada com as manifestações de carinho e atenção de telespectadores e telespectadoras da Paraíba.

Edilane Araújo, na prática, tem um histórico de trinta e dois anos de atuação na TV Cabo Branco e embora, até hoje, tenha tido lugar cativo na bancada do telejornal como apresentadora já produziu matérias externas sobre assuntos importantes e conduziu entrevistas históricas, demonstrando sua versatilidade. O potencial de Edilane é reconhecido e aplaudido por ex-companheiros de TV, como Sílvio Osias, que foi editor da Cabo Branco na fase comandada por Erialdo Pereira, já falecido. Araújo é uma das mais duradouras apresentadoras de um mesmo telejornal, igualando-se, em recorde de longevidade, a nomes consagrados do telejornalismo brasileiro como Cid Moreira e Sérgio Chapellin.

A Segunda Edição é levada ao ar no começo da noite, no intervalo da programação de novelas e entretenimento da Rede Globo de Televisão. Edilane ganhou admiração e respeito pela imagem de credibilidade que repassou a telespectadore(a)s durante todo esse período e pelo senso de profissionalismo que aprimorou o tempo todo nos estúdios da emissora dirigida pelo executivo Eduardo Carlos de Oliveira. A iniciação profissional de Edilane na imprensa deu-se no rádio, mais precisamente na emissora Arapuan, onde se destacou na apresentação de programas musicais de repercussão entre o público jovem. Edilane migrou do rádio para a TV, construindo uma bem-sucedida trajetória e vencendo reações iniciais de ceticismo quanto ao seu desempenho. Ela, praticamente, quebrou um tabu, já que os telejornais, prioritariamente, eram ancorados por homens.

Para consolidar uma performance que até agora rendeu índices consideráveis de audiência, no horário, à TV Cabo Branco, fundada por volta de 1987 na Paraíba, Edilane Carvalho Araújo contou com o reforço da sua passagem pelo teatro, onde se notabilizou em peças dirigidas por veteranos como Edinaldo do Egypto em casas de espetáculos da Capital como o Juteca. Na adaptação da peça “Plufft, o Fantasminha”, Edilane Araújo interpretava o papel de “Mamãe fantasma”. Ela estudou artes cênicas e incursionou pela cadeira de Economia na Universidade Federal da Paraíba, mas a dedicação em tempo integral à TV Cabo Branco privou-a de exercer outras atividades. Ultimamente, Edilane dirigiu a rádio Cabo Branco FM e, ao deixar o telejornal, deverá continuar integrada a outras atividades do Sistema Paraíba de Comunicação. É especialista, também, em maratonas, com títulos acumulados em competições de destaque dentro e fora da Paraíba.

Nonato Guedes



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