ATO CONTRA TEMER - Dois ministérios são incendiados em Brasília; governo evacua todos os prédios da Esplanada

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 25/05/2017 00:36

Sede do Ministério da Agricultura foi incendiada e Polícia Militar usa bombas para afastar manifestantes, que


responderam com paus; organizadores falam em 150 mil pessoas no ato contra o governo de Michel Temer e reformas

Manifestantes entram em confronto com a polícia durante ato contra o presidente Michel Temer em Brasília
Divulgação/Frente Brasil Popular - 24.5.17
Manifestantes entram em confronto com a polícia durante ato contra o presidente Michel Temer em Brasília

Manifestantes atearam fogo no prédio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Brasília durante confusão com a Polícia Militar do Distrito Federal. O tumulto ocorre desde o início da tarde desta quarta-feira (24) e se dá em meio a protesto contra o presidente Michel Temer  e contra as reformas defendidas pelo governo. O último boletim divulgado pela PM às 11h30 desta manhã estimava que 25 mil pessoas participam do ato. Os organizadores já falam em mais de 150 mil.

Os confrontos com a polícia tiveram início por volta das 13h, quando um grupo de manifestantes tentou furar o bloqueio feito pelos agentes de segurança nas proximidades da Esplanada dos Ministérios . Os policiais usaram gás de pimenta e bombas para afastar o grupo, que respondeu com o arremesso de paus que até então eram usados como hastes para bandeiras. O número de feridos não foi informado até o momento.

Fogo no Ministério da Agricultura
Reprodução/ Twitter/ @TrumpNervoso
Fogo no Ministério da Agricultura

"A polícia se comporta como se fosse uma gangue do Michel Temer jogando bomba em cima das pessoas que vieram se manifestar", disse Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, em vídeo divulgado pelo movimento Povo sem Medo. "É lamentável a barbárie que está acontecendo."

O ato desta quarta-feira é organizado por uma série de movimentos sociais, como a Frente Brasil Popular, o movimento Povo sem Medo e a União Nacional de Estudantes (UNE). Também são responsáveis pelos protestos diversas centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

A polícia empenhou 1.400 agentes no esquema de segurança montado para a manifestação, que conta ainda com 100 policiais civis.

Manifestantes de várias cidades do País partiram em caravana para a capital federal desde a noite de ontem (23). Segundo os organizadores, ao menos 500 ônibus já chegaram a Brasília para o ato, que é organizado desde a última quarta-feira (17), quando surgiram as informações a respeito de gravações envolvendo o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, dono da JBS.

Ocupa Brasília reúne movimentos sociais e centrais sindicais; grupo pede renúncia de Temer e eleições diretas
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 24.5.17
Ocupa Brasília reúne movimentos sociais e centrais sindicais; grupo pede renúncia de Temer e eleições diretas

Os diversos grupos que promovem o protesto pedem a renúncia do presidente Temer e a realização de eleições diretas . As propostas de reformas trabalhista e previdenciária também são alvos de críticas na manifestação.

Leia também: Planalto reprime memes com fotos de Temer e internet contra-ataca com piadas

Segurança

Segundo informações da GloboNews, uma das caravanas que levava manifestantes de Goiânia e do Pará com cerca de 50 ônibus foi parada em uma blitz e os policiais apreenderam sacos com pedras e uma faca.

Os manifestantes estavam proibidos de levar hastes de bandeiras, garrafas de vidro, madeiras e objetos cortantes e/ou perfurantes. Também estavam previstas revistas pessoais feitas em áreas próximas aos ministérios, mas o plano não foi levado adiante em decorrência do tumulto no gramado em frente ao Congresso Nacional.

Ato contra Michel Temer é organizado desde a revelação de conversas entre o presidente e Joesley Batista
Reprodução/Twitter - @UJSBRASIL
Ato contra Michel Temer é organizado desde a revelação de conversas entre o presidente e Joesley Batista

 



Compartilhe:


Outras Notícias