Temer prevê reforma da Previdência concluída até março

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 31/01/2018 10:05

 O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (31) que “acha” que o Congresso Nacional conseguirá votar a proposta de reforma da Previdência em fevereiro e concluir o assunto até o meio de março.

Em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador (BA), o presidente afirmou que deputados e senadores vão aprovar a reforma se a população estiver convencida de que as mudanças nas regras são importantes. O governo quer aproveitar a volta do recesso parlamentar, na semana que vem, para intensificar as negociações em torno da reforma.

“Os nossos deputados fazem ecoar, transmitem aquilo que o povo pensa. Se o povo estiver convencido de que a reforma é importante, isso vai influenciar deputados e senadores. Eu acho que nós vamos conseguir votar agora em fevereiro e, até o meio de março, teremos liquidado a questão de Previdência”, disse.

Na entrevista, o presidente ressaltou que a proposta que será colocada em votação é “suave”. Ele explicou que foram retirados do projeto pontos como as restrições à aposentadoria rural e ao Benefícios de Prestação Continuada (BPC).

“Estamos fazendo uma reforma que não atinge os mais pobres”, afirmou.
Temer disse que a dívida da Previdência segue em trajetória de alta e defendeu que a reforma seja feita para evitar que aposentados não tenham cortes em seus benefícios.

“Haverá um dado momento em que você não tem mais como pagar aposentados e, muitas vezes, servidores públicos”, enfatizou.

Posse de Cristiane Brasil

O presidente também foi questionado sobre o impasse em torno da posse da nova ministra do Trabalho, Cristiane Brasil. Ela foi escolhida no início de janeiro para comandar a pasta, mas ainda não pôde assumir por causa de decisões judiciais que barraram a nomeação. Atualmente, o caso está no Supremo Tribunal Federal (STF).

Temer afirmou que espera não ver a posse cassada pela Corte, mas disse que vai respeitar a decisão judicial.

”Eu vou serenamente aguardar a decisão do judiciário. Se o judiciário disser que não pode nomear, juridicamente essa tese foi combatida, agora, eu sou atento à separação de competências. Se o Supremo disser que não pode, nós acolheremos. Espero que não aconteça. Se acontecer, paciência”, afirmou.

Candidato do presidente

Na entrevista, foi abordado ainda o tema da eleições deste ano. Temer foi perguntado sobre quem seria o candidato da preferência dele para a sucessão na presidência. O presidente disse que vai aguardar para se posicionar definitivamente, mas afirmou que, no momento, Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, tem a "melhor qualificação".

“Vamos fazer um programa no final de maio, começo de junho, aí eu respondo a você quem é o candidato. Neste momento, o Henrique Meirelles tem a melhor qualificação, mas eu não quero avançar o sinal neste momento”, disse o presidente.

A exemplo do que ocorreu em entrevistas nos últimos dias, Temer foi questionado sobre a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda instância e o impacto para as eleições. Lula poderá ser enquadrado na lei da Ficha Limpa e ficar impedido de concorrer.

Temer repetiu a resposta de que preferia ver Lula disputando as eleições e sendo derrotado nas urnas.

"São duas vertentes. Uma delas é o ângulo jurídico. Não dou um palpite sobre a decisão judicial, porque estaria invadindo competência de outro poder e sou muito consciente de que um poder não interfere no outro. Se ele pusesse ter participado das eleições, não sei se poderá, a derrota dele politicamente seria mais útil que uma derrota simplesmente judicial”, concluiu o presidente.

G1



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