Bloco "As Raparigas de Chico" acontece hoje e reúne amantes de Chico Buarque, em João Pessoa

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 10/02/2018 07:51

 Mais uma vez é sábado de carnaval, o dia que abraça as Raparigas de Chico Buarque e enche a Avenida Tabajaras, no Centro da cidade, de alegria, poesia e folia. A partir das 15h até iniciar o domingo de carnaval o bloco mais lírico da cidade se concentra em sua sexta edição. Toda a festança ocorre em frente ao Sebo Cultural, bem próximo ao cruzamento com a Avenida Pedro II.

A admiração, o respeito e o carinho pelo compositor Chico Buarque de Holanda, há seis anos, serve como suporte para um grupo cada vez maior de foliões que canta, dança e se diverte ao som das composições do artista, em interpretações diversas. Estão confirmados os seguintes grupos musicais, em sua ordem de apresentação: A Banda Frevo Com Mel (no chão), abre os festejos às 3 horas da tarde, na sequência, no palco, se apresentam, Geovan Moraes e banda, Coral Voz Ativa, Fábio Torres, Mafiota e, encerrando a versão 2017 das Raparigas de Chico, aproximadamente às 23 horas, a Orquestra Sanhauá, com o maestro Teté.

A expectativa dos organizadores do bloco é que de aproximadamente 5 mil pessoas participem da folia neste sábado, ratificando a possibilidade da capital paraibana, através de iniciativas criativas e de bom gosto musical, construir uma agenda de eventos que estimule, durante o carnaval, os moradores e visitantes a brincar mais e viajar menos. Isto porque o potencial carnavalesco de João Pessoa, considerando o clima, a beleza e as praias, é realmente muito grande.

O jornalista Ademilson José, que participou diretamente do momento original do bloco, explica como surgiu As Raparigas de Chico, “Em princípio, Ana Costa, idealizadora, disse que o bloco aconteceria na Torre, na vila onde mora, em frente ao Lactário. E que o nome seria “As Raparigas de Chico”, até porque um grupo ou coisa parecida com o nome de “Mulheres de Chico” já existia no Rio de Janeiro. Em sendo pra carnaval, concordei. Carnaval sem uma pitada de brincadeira e irreverência não tem sentido. Mas justifiquei que, na vila, a coisa ficaria meio fechada, pra família, vizinhos e amigos. Seria melhor abrir pra todo mundo e ia quem quisesse. Disse a ela que iria falar com Heriberto Coelho, do Sebo Cultural e, quando disse, ele já foi mandando armar a tenda e querendo participar da diretoria do bloco. Aos dois, se juntaram, então, Sílvia, Kívia, Etelvina, Mana, Suelene, Socorro Pontes e outras baianas. Deu no que deu”. Ademilson diz “baianas” numa referência direta ao Bar do Baiano, localizado no Bancários, onde o grupo criador se juntava àquela época e que até hoje é a referência etílica e geográfica para o grupo que dirige As raparigas de Chico.

O bloco não tem fins lucrativos e a principal fonte de receita é a venda das camisas que, inclusive, poderão ser adquiridas, ao preço de 25 reais, durante a manhã deste sábado e até a hora do bloco. Diferente da maior parte dos blocos carnavalescos, As Raparigas de Chico não realiza nenhum percurso. É apenas um aglomerado de foliões que se concentra em torno de um palco central.

A característica principal é a exclusividade do repertório musical e o fato de que a maioria dos presentes, por conhecer as músicas, acaba formando um só e emocionado coral que, motivado pelos fluxos carnavalescos e etílicos, vai ao êxtase na interpretação de clássicos como “Vai Passar”, “Geni e o Zepellin” e tantas outras canções que se fizeram clássicos da música brasileira, principalmente, os sambas e marchinhas de Chico Buarque de Holanda.

 



Compartilhe:


Outras Notícias


  • POSICIONAMENTO - Adriano Galdino diz respeitar opinião de João Azevêdo, mas não volta atrás em análise política sobre 2026: “Falo o que penso”

  • Justiça Eleitoral da Paraíba amplia horário de atendimento da Cenatel de João Pessoa e Santa Rita

  • Prefeitura de João Pessoa participa de encontro para avaliar o programa habitacional no Brasil

avançar voltar