Com expulsão bizarra de Dedé pelo VAR, Cruzeiro perde para o Boca e se complica na Libertadores

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 20/09/2018 13:00

 O duelo entre Boca Juniors e Cruzeiro tinha tudo para ser um dos melhores jogos da Copa Libertadores em 2018. Mas o árbitro Eber Aquino acabou se tornando protagonista. Isso porque o paraguaio expulsou o zagueiro Dedé após disputa de bola com o goleiro adversário. Com a suposta "ajuda" da arbitragem, a equipe argentina fez 2 a 0 nos brasileiro e se aproximou bastante da semifinal da competição continental.

 

O primeiro gol do jogo foi marcado ainda no primeiro tempo por Mauro Zárate, atacante bastante experiente, com passagens por clubes como Inter de Milão, Lazio e West Ham, que recebeu bela bola enfiada de Pablo Pérez e finalizou de três dedos, tirando de Fábio, que não conseguiu chegar na bola.

O lance mais polêmico do jogo aconteceu aos 24 minutos da segunda etapa. Após cruzamento na área, Dedé tentou cabecear, mas acabou se chocando com o goleiro Andrada, que ficou com a boca sangrando e precisou de atendimento médico. Com a parada no jogo, o árbitro consultou o VAR para analisar a jogada e uma possível maldade do zagueiro e, em uma atitude bem controversa, acabou expulsando o brasileiro, gerando muita reclamação.

 

 

Com um a mais, o Boca foi para cima e chegou ao segundo gol, através de belo chute da entrada da área de Pablo Pérez.

Com a boa vantagem no jogo de ida, o time argentino agora pode perder por um gol de diferença no jogo de volta, no dia 4 de outubro, no Mineirão, em Belo Horizonte, que mesmo assim vai à semifinal da Libertadores. Quem passar desse confronto encara o vencedor do duelo entre Palmeiras e Colo-Colo, que começam a se enfrentar nesta quinta, no Chile.

O JOGO

O técnico Mano Menezes não queria apenas aguardar o ataque adversário. Pelo contrário, a ideia era ficar com a bola, deixar o time argentino jogar pouco. Logo no primeiro minuto, o time celeste conseguiu chegar com perigo. Em tabela entre Barcos e Egídio, o cruzamento foi tirado para escanteio. Na cobrança, Thiago Neves conseguiu o desvio e a bola levou muito perigo.

Esse lance inicial mostrou o que o Cruzeiro ia querer na partida. O Boca também quis controlar o jogo. E teve uma participação mais acanhada do que o normal. É comum ver o time argentino dominar as partidas nos primeiros 20 minutos, mas isso não aconteceu.

 

 

O Cruzeiro conseguia jogar bem sem a bola. O Boca tinha dificuldades no meio de campo, sobretudo, na armação de jogadas.

Aos poucos os argentinos foram encontrando seu jogo. Aos 20 minutos, o Boca conseguiu criar duas boas oportunidades, uma que Dedé salvou e na outra o chute de fora da área tirou tinta da trave.

Quando o duelo alcançou os 25 minutos, era perceptível que o Cruzeiro tentava manter o confronto no mesmo ritmo que começou, mas cauteloso e lento – algo que agradava melhor o grupo de Mano Menezes.

 

 

A pressão do Boca deu resultado aos 35. Após ótima tabela de Zárate e Perez, a bola sobrou na frente para o atacante que chutou na saída do goleiro Fábio para abrir o placar.

Ao término da etapa inicial, ficou claro que duas peças do time brasileiro precisavam funcionar melhor: tanto Rafinha quanto Barcos foram nulos em campo, não contribuíram tanto quanto podiam.

O Cruzeiro voltou com muito volume na etapa complementar. Logo nos dois primeiros minutos, a Raposa contou com duas chances claras para empatar. Em uma delas, o time celeste viu o volante Barrios tirar em cima da linha.

Depois de duas boas chegadas, com quase gol do Cruzeiro, o Boca voltou a crescer no jogo. A equipe da casa controlou a partida novamente e tirava espaços.

O técnico Mano Menezes precisou tirar o armador Thiago Neves da partida, por causa de um desgaste muscular. Rafael Sóbis foi para a partida. Assim, Robinho assumiu a função centralizada de armar o grupo celeste.

Quando o jogo chegou aos 28 minutos, um lance normal se tornou fundamental. Em cruzamento na área, o zagueiro Dedé se chocou com o goleiro do Boca. Após algum tempo do arqueiro no chão, o juiz utilizou o recurso de vídeo e estranhamente expulsou o zagueiro brasileiro.

 

 

Aos 36, em cruzamento na área, o Boca fez o segundo. A defesa da Raposa vacilou para tirar a bola e Pérez chutou forte, na entrada da área, para definir o placar do jogo.

FICHA TÉCNICA

BOCA JUNIORS 2 X 0 CRUZEIRO

Local: La Bombonera, Buenos Aires (AR)

Data: 19 de Setembro de 2018, quarta-feira

Horário: 21h45 (de Brasília)

Árbitro: Eber Aquino (PAR)

Cartões amarelos: Olaza, Nandez (Boca); Edilson (Cruzeiro)

Cartão vermelho: Dedé (Cruzeiro)

Gols: Zarate, aos 35 minutos do primeiro tempo, Perez, aos 36 minutos do segundo tempo (Boca)

BOCA: Andrada, Jara, Izquierdoz, Magallan, Olaza, Barrios, Nandez, Perez, Zarate (Villa), Pavon, Benedetto (Tevez). Técnico: Guillermo Barros Schelotto

CRUZEIRO: Fábio, Edilson, Dedé, Léo, Egídio, Henrique, Lucas Silva, Rafinha (Manoel), Thiago Neves (Rafael Sóbis), Robinho, Barcos (Raniel). Técnico: Mano Menezes.



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