Balões brancos, faixas, gritos pelos "Meninos do Ninho" e silêncio. Assim, o Maracanã deve receber na noite desta quinta-feira o clássico entre Flamengo e Fluminense pela semifinal da Taça Guanabara, às 20h30 (de Brasilia). Muito provavelmente, o Fla-Flu mais triste da história do futebol nacional.
A morte de garotos com idade entre 14 e 17 anos, todos jogadores da base do Flamengo, na última sexta-feira após um incêndio no alojamento onde eles dormiam com outros 16 meninos do time --três deles ficaram feridos e foram hospitalizados-- está presente na memória dos rubro-negros e também dos tricolores.
Foi a maior tragédia da história do Flamengo, que preparou ações para honrar a memória dos garotos. A camisa dos jogadores do time da Gávea terá o nome de cada uma das vítimas do último dia 8 de fevereiro. A polícia militar do Rio também liberou os torcedores para se manifestarem com faixas, bandeiras e cartazes.
Quando o relógio marcar 10 minutos, o Maracanã deve ter a homenagem mais bonita da noite: um minuto ininterrupto de aplausos.
Será um Fla-Flu que envolverá torcedores rivais abraçados pelo acontecimento de seis dias atrás.
O clima prometido no Maracanã, com mais de 40 mil ingressos vendidos, não é diferente do observado na cidade desde sexta.
Assunto muitas vezes utilizado em interações entre desconhecidos, o futebol não tem soado um tema agradável para se abordar nesses dias no Rio. Muitos desconversam, falam até de política ou resolvem a questão com um simples desabafo: "Por que?"
Até mesmo para quem já esteve nas quatro linhas e hoje tem a missão de comentar as partidas sente um peso e admite que será um Fla-Flu difícil.
"Eu vive dois episódios trágicos. Um foi a morte do Geraldo, nosso companheiro no Flamengo, em 1976. Ele teria uma carreira brilhante pela frente. A outra foi a morte do Cláudio Coutinho, nosso comandante, em 1981", disse Júnior, 64, lateral, meia e campeão do mundo pelo Flamengo, hoje comentarista da TV Globo.
"O que acontece em situações assim? A preparação para os jogos que vêm na sequência se torna dificílima. Você não consegue dissociar uma coisa da outra. Mas quando entra no jogo e o árbitro apita o início é um pouco mais fácil porque seu foco fica voltado para o jogo", prosseguiu.
"O trabalho dos técnicos, especialmente do Abel, será mais voltado para o aspecto emocional. E não pode ser diferente", disse Júnior.
O clássico dessa sexta seria um desafio até mesmo para quem ajudou a tornar o clássico poético, vivo, como os irmãos Nelson Rodrigues (tricolor) e Mário Filho (rubro-negro), este o primeiro a chamar o clássico simplesmente de Fla-Flu, ainda em 1933.
“O Fla-Flu, já me dizia o meu irmão Mário Filho, o Fla-Flu é um jogo para sempre, não é um jogo para um século", escreveu certa vez Nelson Rodrigues.
Como teve melhor campanha na fase de classificação, o Flamengo joga por um empate para disputar a final contra o Vasco, que derrotou o Resende, no Maracanã, na quarta-feira. O Fluminense precisa de um triunfo simples para se classificar.
A final acontece no próximo domingo, no Maracanã, às 17h (de Brasília).
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Da Redação com Roberto Noticia
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