Ministro Edson Fachin autoriza investigação de Vital e cúpula do MDB no Senado

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 17/05/2018 20:19

 O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de inquérito para investigar o paraibano e atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo Filho. O ex-senador é alvo da Justiça mais uma vez, no caso das propinas do MDB – partido ao qual pertencia.

Vital e oito senadores do MDB serão examinados a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) sobre supostas aceitações financeiras ilegais oriundas da empresa J&F, com base no que relataram o ex-senador Sérgio Machado (MDB) e o executivo Ricardo Saud (que atuava na companhia).

Segundo informações da assessoria da PGR, Saud havia revelado um pagamento de aproximadamente R$ 46 milhões a senadores do MDB e acrescentou que a demanda teria sido encomendada a pedido do PT. A investigação segue com base nos depoimentos dos delatores que asseguraram que o Partido dos Trabalhadores estava comprando o apoio dos emedebistas para as eleições de 2014.

O ex-senador Vital do Rêgo, durante a campanha eleitoral de 2014, teria sido um dos beneficiados com a doação ilegal ao MDB. As doações ilegais foram destinadas exclusivamente à bancada do MDB no Senado.

Os senadores citados pelo delator são Renan Calheiros (AL), Jader Barbalho (PA), Romero Jucá (RR), Eunício Oliveira (CE), Vital do Rêgo (PB); hoje ministro do Tribunal de Contas da União), Eduardo Braga (AM), Edison Lobão (MA), Valdir Raupp (RO) e Roberto Requião (PR), além de outros nomes não especificados.

Defesa

Em nota, o MDB afirmou que “repudia mais uma tentativa de criminalização da política”. “Esperamos que a conclusão deste inquérito seja rápida e acreditamos que ao final a verdade será restabelecida”, defendeu a legenda em nota.

Em comunicado, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, classificou de “falsa e caluniosa” a afirmação dos delatores. Segundo a assessoria de imprensa do parlamentar, Eunício “nunca recebeu” doações de Sérgio Machado que é, de acordo com os assessores, adversário político histórico do senador. Ele também negou o recebimento de dinheiro proveniente do PT.

O senador Renan Calheiros negou o recebimento de caixa 2 ou vantagens e disse que o inquérito será arquivado “por falta de provas”. Assim como os demais parlamentares, Calheiros disse que as doações foram declaradas na prestação de contas e ocorreram na forma da lei.

“O inquérito será uma oportunidade para mostrar as mentiras contadas por criminosos confessos, que negociaram acordos vantajosos com o Ministério Público. Machado, inclusive, já perdeu benefícios da delação por não comprovar nada do que disse”, afirmou.

Também por meio de nota, o senador Eduardo Braga disse confiar na investigação da Polícia Federal. “Todas as doações da campanha de 2014 foram declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral”. Na mesma linha, a defesa de Edison Lobão disse que não tem preocupação com as “delações em massa que não fazem provas” e que vão ser questionadas pelo Judiciário.

 



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