TRANSTORNOS - Greve em transportadoras de dinheiro afetará saques em caixas na Paraíba

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 29/04/2019 09:43
Cerca de 600 trabalhadores de cinco empresas de transporte de valores entraram em greve na manhã desta segunda-feira
Cerca de 600 trabalhadores de cinco empresas de transporte de valores entraram em greve na manhã desta segunda-feira

 Cerca de 600 trabalhadores de cinco empresas de transporte de valores entraram em greve na manhã desta segunda-feira (29) por tempo indeterminado na Paraíba. Entre as reivindicações, eles exigem reajuste salarial de 5%, plano de saúde e melhoria no vale alimentação.

Como são esses profissionais que abastecem caixas eletrônicos, se a paralisação se estender por um período muito longo vai faltar dinheiro nos terminais bancários.

Em contato com o Portal MaisPB, o presidente do sindicato da categoria, Laudivan Gonçalves, alegou que o jurídico da entidade considera que os serviços oferecidos por eles não são considerados essenciais e por isso estão livres da obrigação de manter 30% em funcionamento. Entretanto, de acordo com o sindicalista, mesmo mantendo esse percentual, não daria para atender a demanda da população.

“Queremos o nosso reajuste e fazer a coisa de forma legal. Se as autoridades entenderem que devemos manter 30% por cento do serviço iremos cumprir. Só que não supre a demanda da população. Dá forma que está não chega a duas da tarde para faltar dinheiro nos caixas eletrônicos porque hoje é o dia de pagamento dos funcionários do Estado, das prefeituras, dos aposentados. Esse dinheiro vai acabar rápido”, afirmou.

De acordo com ele, antes de entrarem em greve, os trabalhadores chamaram os patrões para negociarem em duas oportunidades durante o mês de fevereiro, sendo uma no Ministério do Trabalho, mas não tiveram êxito.

“Eles não querem conversar com a gente. Então decidimos cruzar os braços até vierem negociar. Caso os patrões nos chamem para conversar, suspenderemos a greve. Mas no momento é por tempo indeterminado”, destacou.

Um dos pontos em negociação é um plano de saúde para os trabalhadores. De acordo com o sindicalista, muitos deles estão afastados de suas funções por causa de traumas sofridos durante o exercício das atividades profissionais.

“Temos hoje 6% dos trabalhadores de carro forte que passaram por assaltos afastados, sem condições de trabalhar por problemas psicológicos. Outros assegurados pelo INSS porque a empresa não dá nenhuma assistência. Esse é um ponto que a gente pede para ser discutido”, alegou.

Ele disse ainda que o setor patronal propôs de forma extra-oficial 4%, entretanto a categoria quer um percentual igual ao que foi dado aos trabalhadores da segurança patrimonial, serviços oferecidos pelas mesmas empresas.

“Queremos 5% igual ao que foi dado à segurança patrimonial. Essa é uma atividade onde os trabalhadores ficam mais expostos. No ano passado foram sete e este ano três explosões a carros forte. Transportamos mais valores. A categoria decidiu não aceitar um percentual menor do que foi dado ao vigilante da segurança patrimonial”, destacou.

Hoje pela manhã foi realizada uma mobilização dos grevistas em frente à sede de uma empresa no bairro de Manaíra, em João Pessoa.

Roberto Targino 



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