O ex-presidente Lula se reuniu com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, nesta quarta-feira, em Brasília.
A imprensa de São Paulo já havia registrado que Lula estaria interessado numa aproximação com Kassab e que iria procurá-lo para discutir a possibilidade de aliança política para 2022.
E por que Lula teria interesse em aliança com Kassab?
Haveria três razões: o petista busca partidos de centro e até de centro-direita para alargar o leque de alianças para a disputa da presidência da República, o PT precisa ampliar alianças em São Paulo e Lula está de olho no nome de um filiado do PSD para ser seu companheiro de chapa como vice.
Esmiuçando por partes.
1- Lula está convencido que não pode disputar a presidência da República dizendo-se candidato da esquerda e permitindo a velha dicotomia esquerda contra a direita. Mas não quer todo mundo neste primeiro momento. Escolheu o PMB histórico e o PSD para se aproximar. São antigos aliados e os considera mais confiáveis. São alianças que minariam o Centrão e enfraqueceriam o presidente Bolsonaro.
2 – Além disso, o PSD tem um nome em seus quadros que interessa a Lula como possível candidato a vice-presidente. Seria o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, reeleito em primeiro turno, com cerca de 63%. A ideia em discussão é a reedição da frente geopolítica das duas eleições de Lula, nas quais o candidato a vice era de Minas.
3- Uma possível aliança com Kassab também ajudaria na composição da chapa do PT em São Paulo, que hoje se espreme dentro do campo da esquerda.
Difícil saber se o acordo será fechado. A possibilidade é concreta. Mas já dá para perceber que Lula avança com a candidatura e que tenta romper a polarização esquerda versus direita.
Impacto na Paraíba
A possível aliança de Kassab com o ex-presidente Lula terá impacto respeitável na política da Paraíba, onde o PSD é comandado pelo ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, e tem o prefeito Bruno Cunha Lima como um dos principais filiados.
O problema é que os dirigentes do PSD na Paraíba manifestam publicamente alinhamento com os posicionamentos políticos do presidente Jair Bolsonaro.
Restariam, no caso, três possibilidades: o grupo de Romero seguiria Kassab no apoio a Lula, se desfiliaria da legenda para seguir Bolsonaro ou o partido permitiria a dissidência.
Uma aposta: o grupo tentaria segurar o partido, mas acabaria perdendo.
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Roberto Noticia - Jornalista - DRT 4511/88 com Josival Pereira.
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