Roberto Paulino ameaça romper com MDB caso partido rache com João Azevêdo, e crava: "O problema é Cássio"

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 28/07/2021 15:35
Foto: Reprodução
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 atual secretário chefe de Governo da Paraíba, o ex-governador e presidente estadual do partido Movimento Democrático Brasileiro Roberto Paulino, repercutiu nesta terça-feira, (27), o imbróglio que vem causando burburinho nos bastidores da política na Paraíba desde essa segunda-feira, (26), quando o presidente municipal da sigla, o vereador de João Pessoa Mikika Leitão, anunciou que o MDB pode lançar o senador Veneziano Vital como candidato ao governo do estado nas eleições de 2022, em detrimento a uma aliança que a sigla tem com o governo estadual.

De acordo com Paulino, que esteve na manhã de ontem (26) em uma reunião do partido com várias lideranças, a informação o pegou de surpresa, pois nada sobre a questão havia sido discutida durante o encontro.

“Eu estive ontem na reunião do MDB, porque eu sou o vice-presidente [estadual] e fui convidado para essa reunião, e estive lá por um bom período, e tive que me ausentar porque eu fui representar o governador [João Azevêdo] e o Governo do Estado na solenidade de aniversário de morte de João Pessoa. E realmente, quando eu estava lá, não teve essa conversa. A conversa foi outra, tinha outros assuntos. Eu fui surpreendido depois com tudo isso”, declarou durante entrevista à rádio Correio FM.

Para o ex-governador, que teceu elogios a força e expressividade do vice-presidente do senado, Veneziano Vital do Rêgo, o causador de todo este impasse é o ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB). Segundo Roberto Paulino, Cássio vem buscando se pautar novamente na política, fazendo uso de estratégias e marketing para manter seu nome em destaque e sua posição valorizada, e afirmou: “O problema é Cássio. Cássio está procurando criar um impasse.”

“Veneziano é uma liderança boa, fortíssima na Paraíba, principalmente em Campina Grande. Tem que se respeitar, é um grande nome. Eu creio que isso aí é uma estratégia, é um marketing de Cássio Cunha Lima. Cassio é um cara inteligente, e está um pouco calado, até um pouco esquecido pelas lideranças do PSDB. Então como é que se pode falar numa aliança, excluindo o nome que tem voto em Campina Grande, que é o ex-prefeito Romero Rodrigues? Então ninguém quer Romero? Isso não vai existir. Cássio habilidoso e versátil que é, estava meio esquecido, o protagonista era Romero, e Cássio, que foi o idealizador de tudo isso, quis marcar território, dando a entender hoje que para Romero ser candidato, vai depender de Cássio, e é o contrário, Cássio que vai depender muito de Romero”, afirmou o emedebista.

O secretário chefe de Governo também rebateu um possível racha entre o MDB e a gestão, disse que irá procurar o vereador Mikika, e que irá falar também com Veneziano sobre o tema e buscar acima de tudo o entendimento entre as partes.

Roberto Paulino disse que sua assinatura na política paraibana é a lealdade e que por isso mesmo honrará o compromisso feito com João quando este o ligou, no dia do seu aniversário e o convidou para ser secretário. Paulino disse que caso o MDB insista em um possível racha, ele irá avaliar se permanece ou não na sigla.

 

“Uma coisa na minha vida que sei ser é grato e leal, e hoje nesse mundo atual é defeito, mas eu sou assim e quero morrer assim. Então João me convidou, e se amanhã o partido decidir que deve romper e tudo isso, eu vou até avaliar se devo sair ou não do MDB. Aí eu vou avaliar. Mas o MDB da Paraíba tem a cara de Roberto Paulino e nossos companheiros na base na sua maioria querem essa aliança e Vené sabe disso” declarou.



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