Familiares buscam informações de paraibana desaparecida há 14 dias na Ucrânia: “a gente não sabe se ela está viva, se ela está morta e essa incerteza é que acaba com a gente”

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 16/03/2022 09:53
Foto Reprodução
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 Familiares buscam informações do paradeiro da paraibana, a artesã Silvana Pilinpeko, 54 anos, que mora na Ucrânia - local que vem sofrendo com a guerra contra a Rússia. Desde o dia 02 de março, a irmã dela, Rosimeri Vicente, que mora em João Pessoa, contou que não recebe nenhuma ligação ou contato dela que, da última vez, estava em Mariupol - cidade que faz fronteira com a Rússia - junto com o esposo, o engenheiro naval Vasili Pilipenko e a sogra de 86 anos. 

Em conversa, Rosimeri Vicente relatou que a irmã mora na Ucrânia há 27 anos e que estava com viagem marcada para visitar a Paraíba no próximo dia 20 de março, mas não sabia se viria por conta da guerra. "Ela sempre está entre o Brasil e a Ucrânia. Quando o marido dela embarca ela vem para o Brasil e passa um tempo aqui e agora viria para passar mais tempo para fazer um tratamento dentário", comentou.

A irmã contou que Silvana estava sempre mantendo a família informada do que estava acontecendo, inclusive das dificuldades com o acesso a água, luz e alimentos após o início da guerra. Em uma das conversas, a artesã acreditava que iria chegar um momento que não teriam mais como se comunicar devido a falta de energia e internet. No entanto, a família está esperançosa de que Silvana ainda esteja em Mariupol. "Ela é muito esperta. Não sairia da cidade", ressaltou.

A preocupação da família tem sido maior porque o prédio de quatro andares onde estavam Silvana, o esposo e a sogra teria sido parcialmente bombardeado. "A gente não sabe se ela estava lá, se saiu, se está em algum hospital", disse. O filho do casal, que tem a mesma profissão do pai, estava a trabalho em Taiwan, mas desistiu e foi em busca do que teria acontecido com os pais, tendo em vista não receber nenhuma informação deles.

O jovem de 26 anos conseguiu chegar a Alemanha e seguirá de trem para Odessa - cidade da Ucrânia onde os pais anteriormente tinham alugado um apartamento - para saber se obtém informações sobre os pais. "Ele [o sobrinho] disse que não entrará em Mariupol porque tem medo de ser metralhado", comentou, destacando que a família mantém a esperança de que a artesã estava viva. “A gente não sabe se ela está viva, se ela está morta e essa incerteza é que acaba com a gente”, frisou. 

O secretário-Executivo de Representação Institucional na Paraíba, Adauto Fernandes,
informou que ainda não há informações oficiais do caso, mas mandou um ofício solicitando informações junto ao Itamaraty. Ele explicou que o Itamaray não tem passado a naturalidade dos brasileiros. O que se sabe é que entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, 16 paraibanos deram entrada no setor Consulado da Embaixada para regularizar a entrada na Ucrânia, mas até o momento só um paraibano entrou em contato e retornou.



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