Os advogados de defesa e de acusação se manifestaram nesta sexta-feira (12), sobre o início do julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral conhecida como ‘Aije do Empreender’, movida pela Procuradoria Regional Eleitoral da Paraíba contra o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), a atual vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) e ex-auxiliares do governo. Ontem, o desembargador José Ricardo Porto, relator do processo no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) rejeitou parte dos argumentos apresentados na ação e aplicou multas aos socialistas.
No processo, Ricardo Coutinho e auxiliares são acusados de abuso de poder político e econômico, supostamente ocorrido por meio de programas e atividades do Governo do Estado em ano eleitoral, como o Empreender Paraíba, a entrega de Kits escolares e a contratação de servidores codificados no período pré-eleitoral. A ação pede a inelegibilidade de Ricardo Coutinho.
O advogado Marcelo Weick, que representa os réus, informou ao programa Arapuan Verdade, nesta sexta-feira (12), que espera o reconhecimento da improcedência total das acusações contra Ricardo Coutinho e quer a retirada da multa aplicada no voto relator.
“Temos a oportunidade de apresentar memoriais complementares, novas argumentações e novos pontos específicos a discutir com os membros que ainda irão votar. Vamos aguardar a retomada do processo e vamos esperar não só a confirmação da improcedência, como também tentar retirar as multas aplicadas aos casos dos codificados e com relação aos kits escolares. Não houve qualquer tipo de irregularidade no processo eleitoral de 2014”, observou Weick.
Já o advogado da coligação ‘A vontade do Povo’, do ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB), Harrison Targino, endossou mais uma vez a acusação que consta na Aije e disse que espera que o TRE condene Ricardo Coutinho. Ele reforçou que o programa Empreender foi utilizado para fins eleitorais em 2014.
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