Governador eleito da Paraíba, João Azevedo pode ser “porta-voz” do Nordeste junto a Bolsonaro

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 27/11/2018 22:52
João Azevedo (PSB) está se credenciando ao papel de “porta-voz” do Nordeste junto ao governo de Jair Bolsonaro (PSL) para encaminhar as reivindicações da região ao novo titular do Palácio do Planalto.
João Azevedo (PSB) está se credenciando ao papel de “porta-voz” do Nordeste junto ao governo de Jair Bolsonaro (PSL) para encaminhar as reivindicações da região ao novo titular do Palácio do Planalto.

Embbora acompanhado o governador Ricardo Coutinho e apoiado a candidatura do petista Fernando Haddad a presidente da República, o governador eleito da Paraíba, João Azevedo (PSB) está se credenciando ao papel de “porta-voz” do Nordeste junto ao governo de Jair Bolsonaro (PSL) para encaminhar as reivindicações da região ao novo titular do Palácio do Planalto. É o que informa, de Brasília, em sua coluna para o jornal “Correio da Paraíba”, o repórter Edinho Magalhães, observando que o consenso em torno de Azevedo vai se formando entre gestores eleitos e reeleitos da região. Os nove governadores lutam por recursos para o Nordeste e empenham-se para que não haja retaliação de Bolsonaro, em especial na área social, pelo fato de ter tido menos votos que Haddad no NE.

Diz Edinho Magalhães, com base em fontes credenciadas: “Percebe-se que no discurso do novo governo não há intenção em manter velhas práticas políticas e, assim sendo, a busca pelo diálogo deverá ser exitosa. É aí que João Azevedo poderá assumir um papel de maior destaque. A necessidade de interlocução entre o Nordeste e Brasília é enorme. A região ainda é uma das mais pobres do país, com índices sociais que a fazem depender, sobremaneira, de programas federais como o Bolsa Família e de projetos estruturais como as obras de transposição do rio São Francisco”. João Azevedo, de acordo com Magalhães, é o homem técnico entre os políticos – o único entre os nove que assume um mandato pela primeira vez, já que nunca havia disputado cargos políticos.

Do grupo, cinco foram reeleitos – Bahia, Alagoas, Ceará, Pernambuco e Maranhão, quatro são filiados ao PT – Rio Grande do Norte, Piauí, Bahia e Ceará. As chances de um porta-voz ser mais “ouvido” recaem sobre Sergipe e Paraíba. João pode assumir esse papel e fazer a diferença. Aos olhos da equipe de transição, é visto como “técnico” e “novato”, portanto, sem vícios político-partidários. Os tempos mudaram e a concepção que se espera de um gestor, também. Não há mais espaço para o “toma lá, dá cá” e não se permite mais nenhum tipo de resistência quando o que está em jogo é o povo. João é hábil e deve atuar pelo povo nordestino”.

Entre as bandeiras prioritárias que foram levantadas na reunião de governadores nordestinos em Brasília, estão: retomada de obras federais com vistas à geração de empregos e ao crescimento econômico, celebração do Pacto Nacional de Segurança Pública, criação de novas fontes de recursos para reequilíbrio do pacto federativo, debate sobre o Fundeb (educação básica) e sobre o novo programa “Mais Médicos”, envolvendo saúde e atenção básica. A pauta consta de uma Carta que já foi encaminhada ao presidente eleito Jair Bolsonaro. “Esperamos, a partir dessa reunião, a possibilidade de manter um diálogo aberto com o governo federal para buscar soluções aos maiores problemas da região”, enfatizou João Azevedo, que deverá ser reforçado por dois deputados federais: Aguinaldo Ribeiro, do PP, líder do governo Michel Temer, e Julian Lemos, deputado eleito, coordenador da campanha de Bolsonaro no Nordeste.

Nonato Guedes



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