ESCÂNDALO NO PADRE ZÉ - Padre Egídio, Amanda e Jannyne usam dinheiro do hospital para comprar carro e depois o alugam de volta à instituição

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 02/11/2023 13:20
Foto Reprodução - Montagem: Sistema 1001 Notícias de Comunicação
Foto Reprodução - Montagem: Sistema 1001 Notícias de Comunicação

O padre Egídio de Carvalho é apontado como mentor de um conluio com outras integrantes da direção do Hospital Padre Zé para viabilizar desvio de recursos públicos. O padre Egídio juntamente com Amanda Duarte e Jannyne Dantas compraram um carro modelo Spin com dinheiro do próprio Hospital Padre Zé para posteriormente aluga-lo de volta à instituição, recebendo os valores mensalmente.

Os documentos oficiais da investigação explicam todo o combinado. O carro modelo Spin de ano 2022 e com placa QFF-0E31 pertence a Jannyne Dantas, mas teria sido adquirido por Amanda Duarte sob ordens do Padre Egídio. Jannyne ocupava o cargo de diretora administrativa do Hospital Padre Zé, já Amanda era a tesoureira da instituição.

Consta nos documentos que Amanda Duarte teria sacado a quantia de R$ 122 mil de uma conta bancária do Instituto São José para que a compra do veículo fosse efetivada. O cheque teria sido subscrito por Amanda Duarte e sacado por Jannyne Dantas. O esquema teria sido totalmente comandado pelo padre Egídio de Carvalho.

Após o carro ter sido adquirido com dinheiro do próprio Instituto São José, o grupo conseguiu locar o mesmo veículo de volta ao Instituto São José. Conforme apuração, o Instituto São José realizava o pagamento mensal de R$ 3.572 pela locação do carro que havia sido adquirido com dinheiro do próprio Instituto.

No início de outubro foi deflagrada a operação Indignus após virem à tona denúncias de um esquema de furtos e desvios das doações e recursos públicos recebidos pelo Hospital Padre Zé. A unidade de saúde, localizada em João Pessoa, era dirigida pelo padre Egídio.

Ainda no mês de setembro o padre Egídio foi afastado da direção do Hospital Padre Zé pela Arquidiocese da Paraíba. Uma nova equipe foi designada para comandar a unidade de saúde e determinou, inclusive, a realização de auditorias.

A  Arquidiocese revelou que o padre Egídio havia contraído o valor de R$ 13 milhões em empréstimos em nome do Hospital Padre Zé. A destinação deste dinheiro ainda não foi revelada.

A principal suspeita é de que o padre Egídio desviava o dinheiro da instituição para benefício próprio.

A Operação Indignus cumpriu mandados em dez imóveis que seriam do padre Egídio, dentre eles uma granja na cidade de Conde e apartamentos em prédios de luxo na orla de João Pessoa. Os investigadores encontraram nos locais muito luxo e itens de ostentação. Os imóveis eram equipados com lustres e projetos de iluminação requintados. Também chamou atenção que na granja havia móveis rústicos de madeira avaliados em R$ 3 milhões, além de 30 cães da raça Lulu da Pomerânia. Uma pesquisa revelou que um cão desta raça pode ser comercializado por até R$ 10 mil.

 



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