O padre Egídio de Carvalho é apontado como mentor de um conluio com outras integrantes da direção do Hospital Padre Zé para viabilizar desvio de recursos públicos. O padre Egídio juntamente com Amanda Duarte e Jannyne Dantas compraram um carro modelo Spin com dinheiro do próprio Hospital Padre Zé para posteriormente aluga-lo de volta à instituição, recebendo os valores mensalmente.
Os documentos oficiais da investigação explicam todo o combinado. O carro modelo Spin de ano 2022 e com placa QFF-0E31 pertence a Jannyne Dantas, mas teria sido adquirido por Amanda Duarte sob ordens do Padre Egídio. Jannyne ocupava o cargo de diretora administrativa do Hospital Padre Zé, já Amanda era a tesoureira da instituição.
Consta nos documentos que Amanda Duarte teria sacado a quantia de R$ 122 mil de uma conta bancária do Instituto São José para que a compra do veículo fosse efetivada. O cheque teria sido subscrito por Amanda Duarte e sacado por Jannyne Dantas. O esquema teria sido totalmente comandado pelo padre Egídio de Carvalho.
Após o carro ter sido adquirido com dinheiro do próprio Instituto São José, o grupo conseguiu locar o mesmo veículo de volta ao Instituto São José. Conforme apuração, o Instituto São José realizava o pagamento mensal de R$ 3.572 pela locação do carro que havia sido adquirido com dinheiro do próprio Instituto.
No início de outubro foi deflagrada a operação Indignus após virem à tona denúncias de um esquema de furtos e desvios das doações e recursos públicos recebidos pelo Hospital Padre Zé. A unidade de saúde, localizada em João Pessoa, era dirigida pelo padre Egídio.
Ainda no mês de setembro o padre Egídio foi afastado da direção do Hospital Padre Zé pela Arquidiocese da Paraíba. Uma nova equipe foi designada para comandar a unidade de saúde e determinou, inclusive, a realização de auditorias.
A Arquidiocese revelou que o padre Egídio havia contraído o valor de R$ 13 milhões em empréstimos em nome do Hospital Padre Zé. A destinação deste dinheiro ainda não foi revelada.
A principal suspeita é de que o padre Egídio desviava o dinheiro da instituição para benefício próprio.
A Operação Indignus cumpriu mandados em dez imóveis que seriam do padre Egídio, dentre eles uma granja na cidade de Conde e apartamentos em prédios de luxo na orla de João Pessoa. Os investigadores encontraram nos locais muito luxo e itens de ostentação. Os imóveis eram equipados com lustres e projetos de iluminação requintados. Também chamou atenção que na granja havia móveis rústicos de madeira avaliados em R$ 3 milhões, além de 30 cães da raça Lulu da Pomerânia. Uma pesquisa revelou que um cão desta raça pode ser comercializado por até R$ 10 mil.
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