GRANA EXTRA - Threads faz parte da Web 3.0; saiba como influenciadores poderão ganhar dinheiro por lá

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 08/07/2023 14:39
Foto Reprodução - Montagem: Sistema 1001 Notícias de Comunicação
Foto Reprodução - Montagem: Sistema 1001 Notícias de Comunicação

 Lançada na noite de quarta-feira (5), a nova rede social da Meta, Threads, conquistou mais de 10 milhões de usuários nas suas primeiras sete horas em funcionamento.

Na nova plataforma da empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, as postagens são chamadas de “threads” e podem ter apenas texto ou também vídeos e fotos. A rede social se parece muito com o Twitter, com um feed de postagens em grande parte baseado em texto, no qual as pessoas podem ter conversas em tempo real.

Além das expectativas para descobrir se o Threads pode representar o fim do Twitter de Elon Musk, também se espera que a rede social traga novas possibilidades de monetização de conteúdo.

Parte da chamada “Web 3.0”, a plataforma vai investir na descentralização e se adequar ao ActivityPub, um protocolo aberto de rede social. Isso permite que os dados e o conteúdo produzidos no Threads sejam tratados como propriedade do usuário, e não da plataforma.

A diretora de estratégia de conteúdo e influência do Mercado Bitcoin, Inaiara Florêncio, explicou para a CNN quais mudanças a terceira geração da Web pode trazer e o que isso significa para o futuro das redes sociais, incluindo o Threads.

Web 3.0

“Ainda não existem informações exatas sobre como o Threads irá funcionar para monetização de influenciadores e criadores de conteúdo”, disse Florêncio. “Mas, dentro da lógica da Web 3.0, os usuários podem ser remunerados pelo trabalho realizado ao postar e curtir nas redes sociais, usando a oportunidade de ganhar dinheiro com a atenção que dão e recebem”.

A Web 3.0 representa o futuro mais provável da internet e possui quatro características essenciais: descentralização, privacidade, segurança e a posse por meio de tokens ou NFTs.

Em seu site, a Meta diz que está comprometida em “oferecer aos usuários mais controle sobre a sua audiência no Threads”.

E deixa claro suas expectativas: “Os benefícios dos protocolos abertos de redes sociais vão muito além das maneiras pelas quais as pessoas podem seguir umas às outras. Os desenvolvedores podem criar novos tipos de recursos e experiências de usuário que podem ser facilmente conectados a outras redes sociais abertas, acelerando o ritmo de inovação e experimentação”.

O site da empresa ainda acrescenta: “O Threads é o primeiro aplicativo da Meta criado para ser compatível com um protocolo de rede social aberto – esperamos que, ao ingressar neste ecossistema de serviços interoperáveis, o Threads ajude as pessoas a encontrar a sua comunidade, independentemente do aplicativo que usarem”.

Essa descentralização é possível graças ao ActivityPub, um protocolo aberto de rede social, estabelecido pelo World Wide Web Consortium (W3C), que já é usado por outras plataformas como o Mastodon e o WordPress. Ao se tornar compatível com o ActivityPub, a plataforma permite que suas postagens sejam acessadas a partir de outros aplicativos também compatíveis, permitindo que os usuários alcancem diferentes públicos e tenham acesso a diferentes postagens sem ter que criar uma conta em cada rede social.

“Ao que tudo indica, essas mudanças na economia da atenção sinalizam uma nova fase para a qual caminham os criadores e influenciadores”, falou Florêncio.

“O criador de conteúdo poderá usar o Threads, por exemplo, para garantir uma audiência mais cativa de seguidores e usar isso para negociar com anunciantes ou com os próprios apoiadores do seu conteúdo. Isso já abre um novo leque de oportunidades de monetização, que está voltado também ao engajamento com a comunidade”, ela explicou.

A especialista citou exemplos que já estão sendo utilizados em plataformas de publicidade: como a possibilidade de oferecer recompensa financeira para os usuários em troca de dados ou de engajamento.

Além disso, a descentralização também significa que as decisões referentes ao funcionamento da rede social não seriam tomadas por uma única pessoa, e sim por um conselho gestor, que não é formado por executivos. De acordo com Inaiara Florêncio, isso evitaria decisões como o limite de posts que podem ser lidos por dia no Twitter, anunciado por Elon Musk no início do mês.



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