O mundo acompanha os desdobramentos das conversas entre russos e ucranianos em busca de um cessar-fogo e uma resolução pacífica para o conflito no Leste Europeu.
Nesta sexta-feira (11/3), a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris; o presidente francês, Emmanuel Macron; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, trataram da guerra.
Kamala Harris em viagem pelo Leste Europeu voltou a garantir o posicionamento americano de defesa aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“Levamos a sério e estamos preparados para agir de acordo com as palavras que falamos quando dizemos que um ataque contra um é um ataque contra todos. Estamos firmes em nosso compromisso”, afirmou Harris.
O presidente francês Emmanuel Macron afirmou nesta sexta-feira que a invasão russa na Ucrânia vai “desestabilizar” a oferta de alimentos na Europa e na África nos próximos 12 a 18 meses.
“Devemos nos preparar e reavaliar nossas estratégias de produção para defender a soberania militar”, alertou Macron. O francês tem tentado costurar uma acordo de cessar-fogo.
Ursula voltou a defender mudanças no bloco econômico para diminuir a dependência da Rússia. “É um investimento estratégico em nossa segurança e independência. Trata-se de um plano para diversificar suprimentos e buscar fontes renováveis. Iremos propor diminuir nossa dependência do gás e petróleo russos até 2027, usando recursos disponíveis na Europa”, adiantou.
Jens Stoltenberg, da Otan, convocou a Rússia a respeitar as “decisões independentes” dos países livres. A Otan não quer uma guerra aberta com a Rússia. Temos a responsabilidade de impedir que esse conflito [entre Rússia e Ucrânia] se estenda além das fronteiras da Ucrânia e se transforme em uma guerra aberta entre a Rússia e a Otan”, explicou.
Para o leitor entender o que impede o acordo de paz, o Metrópoles listou as exigências de cada país na negociação de um cessar-fogo.
Vejas as condições russas:
Veja as condições ucranianas:
A reviravolta ocorre um dia após uma mal sucedida reunião entre os chefes da diplomacia russa, Sergey Lavrov, e ucraniana, Dmytro Kuleba.
Na quinta-feira (10/3), Lavrov reclamou do fornecimento de armas de países do Ocidente para a Ucrânia. Kuleba acusou a Rússia de planejar o ataque ao país e de dificultar as negociações e o socorro aos feridos. Três reuniões de acordo terminaram sem sucesso.
A negociação geopolítica ocorre enquanto cidades inteiras estão sem água, energia e aquecimento. Bombardeios a hospitais e áreas residenciais se intensificaram. Rotas humanitárias de fuga são desrespeitadas.
Ao todo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 2,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia. Em Kiev, capital da Ucrânia e coração da política, metade dos habitantes fugiram.
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