Rússia matou mais civis do que soldados, diz autoridade ucraniana

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 10/03/2022 22:03
Foto Reprodução
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 O ministro de Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, afirmou, nesta quinta-feira (10/3), que tropas russas mataram mais civis do que soldados do exército ucraniano no que chamou de “guerra terrorista”.

Segundo o relatório mais recente da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta quinta-feira, 549 civis foram mortos e 957, feridos, desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro. A Ucrânia, contudo, não revela número de soldados que já morreram na guerra, para confirmar a informação do governo local.

Se acordo com a ONU, entretanto, esses números podem ser muito mais altos, pois, em meio ao agravamento do confronto, a cada dia as informações sobre vítimas demoram mais tempo para chegar às autoridades. Nas cidades de Volnovakha, Mariupol e Izium, por exemplo, há evidências de que o número de mortos é muito maior do que o registrado.

 

De acordo com a ONU, a maior parte das mortes civis foi causada por explosivos que atingem uma área extensa, como mísseis e ataques aéreos.

Avanço russo

Dois hospitais, sendo um infantil, foram bombardeados. As informações foram divulgadas pelo governo da Ucrânia no início da tarde desta quinta-feira (10/3) – 15º dia de invasão russa.

Além disso, as autoridades de segurança ucranianas voltaram a afirmar que a Rússia está desrespeitando a trégua em rotas de fuga humanitárias, os corredores verdes.

Antes da divulgação dos relatos, um encontro entre os chefes da diplomacia russa, Sergey Lavrov, e ucraniana, Dmytro Kuleba, terminou sem acordo de cessar-fogo.

Segundo a Ucrânia, em Zhytomyr, cidade de 260 mil habitantes, bombas caíram em dois hospitais, mas ninguém ficou ferido.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que, com o bombardeio ao hospital, a Rússia “passou dos limites”, e acusou Vladimir Putin de genocídio. A Rússia atribui os ataques aos soldados ucranianos.

Na quarta-feira (9/3), um ataque atingiu uma maternidade em Mariupol. Ao todo, 17 pessoas ficaram feridas e três morreram, sendo uma criança.

Corredores verdes

Também nesta quinta-feira, o Exército russo anunciou que criará rotas humanitárias para fuga da guerra, os chamados corredores verdes. Inicialmente, o processo começa por Kiev, capital e coração do poder ucraniano.

 

O Kremlin informou ainda que o Ministério da Defesa russo retirou mais de 187 mil pessoas de zonas perigosas sem a participação do governo ucraniano.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 2,3 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início do conflito, em 24 de fevereiro.

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