Zelensky acusa Rússia de usar armas químicas: “Nova fase de terror”

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 11/04/2022 21:32
Foto Reprodução
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 presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou o Exército russo de planejar o uso de armas químicas no que chamou de “nova fase de terror”.

A declaração ocorre em meio a mudanças na estratégia militar. Agora, a Rússia foca em ataques no Leste do país, em regiões fronteiriças.

 

Zelensky expressou preocupação: “Hoje, os ocupantes emitiram uma nova declaração, que testemunha sua preparação para uma nova fase de terror contra a Ucrânia e nossos defensores. Um dos porta-vozes dos ocupantes afirmou que eles poderiam usar armas químicas contra os defensores de Mariupol. Levamos isso o mais a sério possível”, frisou.

O líder ucraniano acrescentou: “Quero lembrar aos líderes mundiais que o possível uso de armas químicas pelos militares russos já foi discutido. E já naquela época significava que era necessário reagir à agressão russa com muito mais força e rapidez”, concluiu.

A Guarda Nacional da Ucrânia também acusou a Rússia de usar armas químicas contra militares e cidadãos da Ucrânia na noite desta segunda-feira (11/4).

Segundo o Regimento Azoz, uma unidade militar ucraniana, os produtos químicos foram lançados por meio de um veículo aéreo não tripulado em civis na cidade de Mariupol.

“Cerca de uma hora atrás, as forças de ocupação russas usaram uma substância venenosa de origem desconhecida contra militares e civis ucranianos na cidade de Mariupol, que foi lançada de um UAV inimigo”, afirmou o grupo.

O líder do Azov, Andriy Biletsky, disse ao Kyiv Independent que três pessoas têm sinais de envenenamento químico, mas parece não haver “consequências desastrosas” para sua saúde. As vítimas têm insuficiência respiratória, vertigem e náuseas.

 

Sequestros

O governo ucraniano acusa o Exército russo de sequestrar e manter civis e jornalistas em cárcere privado na guerra no Leste Europeu. Kiev pediu que os casos sejam investigados.

A denúncia foi formalizada, nesta segunda, pela vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, em pronunciamento gravado e exibido pela televisão.

“Temos muitos padres, jornalistas, ativistas, prefeitos e, em geral, civis que estão nas prisões. Nem mesmo no território da Ucrânia, mas em Kursk, Bryansk, Rostov (regiões da Rússia). Eles são mantidos à força”, frisou.

Crimes sexuais

Autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU) também pediram uma investigação sobre a violência contra as mulheres.

A diretora da agência das mulheres da ONU, Sima Bahous, em discurso no Conselho de Segurança, condenou os supostos crimes.

 

 

 

“Esta guerra deve parar agora. Cada vez mais ouvimos falar de estupro e violência sexual. Essas alegações devem ser investigadas de forma independente, para garantir justiça e responsabilidade”, defendeu.

Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro.

A guerra completa, nesta segunda, 47 dias. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) discute a situação dramática que a Ucrânia está vivendo.

Metrópoles 



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