A Polícia Civil indiciou, na semana passada, Luiz Carlos Rodrigues dos Santos pela execução de Mayara Valéria de Barros Ramalho Lemos, gerente assassinada no dia 12 de janeiro na praça de alimentação do Mangabeira Shopping, em João Pessoa. O acusado foi indiciado pelos crimes de homicídio, sequestro e tentativa de homicídio.
No depoimento à Delegacia de Homicídios, que a reportagem teve acesso, Luiz Carlos disse que esteve uma semana antes do atentado no restaurante Girau para uma seleção de emprego, mas não recebeu respostas por parte da empresa. Ele relata que esperou o resultado da seleção de emprego, mas diante da ausência de contato decidiu ir até o Shopping portando uma arma de fogo e diversas munições que tinha “há mais de 30 anos”.
Ao chegar no restaurante, Luiz tentou contato com a vítima em busca de um retorno, mas teria, segundo o que foi dito aos investigadores, recebido uma resposta negativa de Mayara. Nesse momento, a gerente estava conversando com outra pessoa e foi até o interior do restaurante. Foi quando o acusado a pegou pelo braço, sacou a arma e efetuou os disparos, parando no momento que a vítima caiu.
Logo após o assassinato, Luiz afirmou que pegou um funcionário como refém “para garantir a sua integridade”, mas após a chegada da Polícia Militar decidiu se entregar. Ainda no depoimento, Luiz Carlos declarou que “não queria matar Mayara, mas queria pelo menos efetuar disparos de arma de fogo nas pernas dela”.
Durante o depoimento, Luiz Carlos comunicou que havia deixado na parede de seu apartamento alguns dizeres mostrando “o desespero” que passava diante da situação econômica. A residência foi alvo de busca e apreensão.
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