Curto-circuito em ar-condicionado pode ter sido causa do incêndio no alojamento do Flamengo

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 08/02/2019 18:52

 Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, que estão no alojamento do Centro de Treinamento do Flamengo que pegou fogo no fim da madrugada desta sexta-feira (8), dizem que foi identificado um curto-circuito no ar-condicionado, segundo informações do comentarista de segurança do RJ1, Fernando Veloso. A perícia ainda está em andamento e não há uma avaliação final das causas da tragédia. Ao todo, 10 pessoas morreram e outros três atletas ficaram feridos, um deles em estado grave.

Samuel, um dos atletas do Flamengo que sobreviveram, disse que tinha muito fogo no local onde as vítimas estavam.  — Foto: Reprodução/TV Globo Samuel, um dos atletas do Flamengo que sobreviveram, disse que tinha muito fogo no local onde as vítimas estavam.  — Foto: Reprodução/TV Globo

Samuel, um dos atletas do Flamengo que sobreviveram, disse que tinha muito fogo no local onde as vítimas estavam. — Foto: Reprodução/TV Globo

Samuel, um dos atletas do Flamengo que sobreviveram, disse que havia muito fogo no local onde as vítimas estavam.

“A maioria não conseguiu porque a quantidade de fogo era muita. E aconteceu que o ar condicionado pegou fogo, daí foi gerando um curto-circuito em todos os ares-condicionados. Foi pegando em tudo. E foi muito rápido. Não deu pra conseguir chamar quase ninguém”, contou Samuel.

Segundo a assessoria do Corpo de Bombeiros o CT, conhecido como Ninho do Urubu, ainda não possuía documentação definitiva dos bombeiros. De acordo com a assessoria de comunicação da corporação, o local está em processo de regularização de documentos junto ao órgão, o que significa que ainda não possui o Certificado de Aprovação (CA).

O certificado de aprovação atesta a existência e o funcionamento dos dispositivos contra incêndio previstos pela legislação vigente. A documentação não tem relação com o alvará de funcionamento (estabelecimentos comerciais) ou habite-se (imóveis residenciais), documentos que são emitidos pela prefeitura.

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que “a não existência do CA não significa, por si só, que o local não possuía os dispositivos, e sim que não era aprovado pelo Cbmerj”.

A Coordenação de Licenciamento da Prefeitura informou que o local tem licença para funcionar até o dia 8 de março desde ano, mas reforçou que no documento consta que o local onde ocorreu a tragédia seria um estacionamento, que não havia previsão de área edificada e não havia pedidos para construção de dormitórios.

‘Portas não estavam trancadas’, aponta perícia

A perícia feita no local após o incêndio indicou que as portas não estavam trancadas no momento do incêndio e que as fechaduras foram encontradas abertas.

Parte das instalações do CT do Flamengo devastadas pelas chamas — Foto: Arquivo pessoal Parte das instalações do CT do Flamengo devastadas pelas chamas — Foto: Arquivo pessoal

Parte das instalações do CT do Flamengo devastadas pelas chamas — Foto: Arquivo pessoal

Uma força-tarefa foi montada no Instituto Médico Legal (IML) do Rio para a identificação dos corpos, já que todos estão carbonizados.

As chamas atingiram as instalações onde dormiam jogadores entre 14 e 17 anos, a maioria que não residia no Rio. Os bombeiros chegaram a dizer que todos eram adolescentes, mas não há informações oficiais.

Às 9h50, a polícia chegou ao Ninho do Urubu para fazer a perícia. Um inquérito foi instaurado na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) para apurar as causas do desastre.

G1 

 



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