O novo partido do presidente Jair Bolsonaro ainda não nasceu, mas na Paraíba já há correntes internas que se movimentam pela formatação dos espaços da agremiação. A ‘Aliança Pelo Brasil’ foi lançada informalmente na última semana, mas ainda deverá ser oficializada perante a Justiça Eleitoral mediante a coleta de assinaturas. Aliados do Planalto esperam ultrapassar esta quantidade até o mês de março, a tempo de organizar o grupo para as eleições municipais.
Embora a ‘Aliança’ ainda esteja sendo gestada em Brasília, nos estados já existe especulações sobre quem vai comandar o partido, inclusive na Paraíba. Na Assembleia Legislativa (ALPB), os deputados Cabo Gilberto e Moacir Rodrigues anunciaram que pretendem se desfiliar do PSL para ingressar na nova sigla. Para eles, este não é momento para discutir quem será o comandante da tropa no estado, e sim de fortalecimento do grupo.
“Primeiro, é a composição do partido, acho que a Paraíba tem bons quadros da direita, o próprio Cabo Gilberto, a Michelle, a vereadora Eliza, Capitão Antônio, Wallber Virgolino. O mais importante não é saber quem vai governar, mas se vai ser um partido de verdade, que tenha democracia, e que as pessoas de bem, conservadores, tenham espaço no partido”, disse Moacir.
A ex-primeira dama Pâmela Bório, que também apoia Bolsonaro, deve ingressar no Aliança. Ela opinou que ‘um nome fiel’ ao presidente deve liderar a legenda. Em entrevista ao Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, ela citou o nome do advogado Rui Galdino como um dos nomes que podem exercer cargos de liderança na nova sigla. “Eu defendo quem genuinamente continua apoiando o presidente Jair Bolsonaro. Vejo com bons olhos Rui Galdino”, comentou. Ligada à Pâmela, a vereadora Eliza Virgínia (PP) informou que a decisão de ingressar na nova sigla vai depender de uma reflexão. Ela, no entanto, elogiou Bolsonaro pela iniciativa de criar o partido.
O advogado Rui Galdino é um dos expoentes locais que apoiam Bolsonaro desde a época em que o presidente ainda era deputado federal e pré-candidato à Presidência. Em um movimento ousado, ele já admitiu que pode assumir o comando da nova legenda, caso o presidente o apoie. Questionado pela reportagem do Polêmica Paraíba, ele revelou, inclusive, que esteve em Brasília três vezes, nos últimos 20 dias, participando da articulação para a criação do partido. “Eu já soube que lideranças da direita e alguns vereadores, inclusive sem ser do partido, estão sendo solidários a meu nome. Eu só tenho a dizer que estou à disposição para qualquer desafio. Recebo com satisfação essa notícia. Se houver confiança em meu nome, assumirei esta missão”, disse.
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Da Redação com Roberto Noticia - Jornalista - DRT 4511/88
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