DENÚNCIA - Padre Egídio teria usado notas fiscais do Hospital Padre Zé para disfarçar valores de uma TV 85 polegadas, afirma Samuel Segundo

Por Jacyara CristinaRedação Por Redação - 21/10/2023 14:57
Foto Reprodução - Montagem: Sistema 1001 Notícias de Comunicação
Foto Reprodução - Montagem: Sistema 1001 Notícias de Comunicação

 O padre Egídio de Carvalho,  ex-diretor presidente do Hospital Padre Zé, teria utilizado notas fiscais de insumos da unidade para disfarçar a entrega de uma televisão de 85 polegadas entregue a ele por um fornecedor de insumos do hospital. A revelação foi feita por Samuel Segundo, ex-funcionário do Padre Zé e delator do esquema de desvio de aparelhos eletrônicos doados à unidade.

Em entrevista à imprensa neste sábado (21), Samuel Segundo contou que os esquemas envolvendo padre Egídio foram descobertos por ele ao analisar computadores do Hospital Padre Zé.

Em um dos documentos, ele falou que teria percebido uma TV de 85 polegadas entregue ao padre na nota fiscal de insumos para o hospital. No entanto, a TV não foi instalada no Padre Zé, mas sim em um dos imóveis de luxo do padre Egídio.

“Os computadores do hospital são todos ligados a um servidor e comecei a identificar notas fiscais de itens de luxo, como luminárias de R$ 117 mil e pisos de porcelanatos de alto padrão que não estavam no hospital e que os endereços [de entrega] estavam nas residências do padre, nos imóveis de luxo. Uma televisão de 85 polegadas foi paga por um fornecedor e esse valor foi embutido em uma nota fiscal de entrega de insumos do hospital”, revelou Samuel Segundo.

Procurado  para comentar a denúncia, a defesa do padre Egídio de Carvalho não retornou o contato até a publicação desta matéria.

Relembre o caso

O escândalo no Hospital Padre Zé veio à tona no mês passado, após uma denúncia de furto de celulares no local. Os equipamentos haviam sido doados pela Receita Federal para o hospital e deveriam ter sido vendidos em um bazar beneficente para angariar recursos para o hospital.

Porém, os celulares foram furtados e vendidos e as investigações apontam para o envolvimento do Padre Egídio de Carvalho, que era diretor-presidente da unidade, e do ex-funcionário Samuel Segundo.

Em meio ao escândalo do furto dos celulares, o padre Egídio de Carvalho Neto, renunciou ao cargo de presidente do Hospital Padre Zé.  O pedido foi aceito pelo arcebispo Dom Manoel Delson. Padre Egídio estava há mais de cinco anos à frente do hospital, fundado há quase 90 anos. Além de estar na gerência da unidade, ele também atuava como pároco da Igreja Santo Antônio, cargo do qual também renunciou.

Furto de meio milhão

No último dia 2, a Justiça autorizou o bloqueio de contas e a quebra de sigilo bancário de Samuel Segundo. O pedido de quebra de sigilo e bloqueio foi feito pela delegada Karina Torres, da Polícia Civil, que contou com ‘prints‘ de conversas de Samuel negociando a venda de iPhones e outros itens.

A delegada aponta que "restou evidenciado, com fulcro na investigação, que Samuel Segundo incorreu no delito de furto qualificado, causando o prejuízo de R$ 525.877,77 (quinhentos e vinte e cinco mil, oitocentos e setenta e sete reais e setenta e sete centavos), referente aos produtos furtados no interior do Hospital Padre Zé."

Operação do Gaeco

No último dia 5, o padre Egídio de Carvalho foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão da operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco). Além do pároco outras pessoas da administração do hospital também foram alvos. 

Entre estas pessoas está a diretora administrativa do hospital, Jannyne Dantas e a tesoureira da unidade hospitalar filantrópica, a Amanda Duarte. Na ocasião, a operação tem como objetivo apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA).

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Roberto Notícia - Jornalista - DRT 4511/80



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